ESTANDARTES DA CAVALARIA (DRAGÕES)
D. MARIA I
A fantasia barroca e a falta de uniformidade nos estandartes e nas bandeiras regimentais, continuou durante a época de D. Maria I e a provar esta afirmação o estandarte aqui representado é disso um óptimo exemplo.
Estandarte em campo branco com as Armas de Portugal ao centro, mais rebuscadas do que nunca, e rodeada de troféus militares; nos cantos vislumbram-se a cifra da Rainha, a toda a volta uma franja mesclada de vermelho e ouro.
Rainha D. Maria I Gravura da época (Colecção particular) |
A fantasia barroca e a falta de uniformidade nos estandartes e nas bandeiras regimentais, continuou durante a época de D. Maria I e a provar esta afirmação o estandarte aqui representado é disso um óptimo exemplo.
(Colecção particular) |
PEQUENO APONTAMENTO HISTÓRICO:
No início do ano de 1801, Napoleão Bonaparte e Carlos IV de Espanha estabeleceram um acordo onde já se previa a partilha de Portugal, que mais tarde voltará a ser tentada aquando da Invasão Franco-Espanhola de 1807.
A Espanha declara-nos guerra em Fevereiro. O nosso exército encontrava-se totalmente desorganizado e muito mal preparado, de tal modo, que não podia permitir-se a tal situação que efectivamente teve que enfrentar. O exército espanhol foi reforçado com contingentes franceses e invadiu Portugal onde em parte nenhuma encontrou resistência séria; na Província do Alentejo a campanha foi desastrosa caindo na posse do inimigo várias praças fortes como Juromenha, Olivença, Campo Maior, destacando-se a resistência bem sucedida de Elvas, que não capitulou.
Se alguma coisa pode resgatar os opróbrios da campanha do Alentejo, foram os sucessos da guerra em Trás-os-Montes. Embora num campo muito limitado o General Gomes Freire de Andrade honrou ali as armas portuguesas, comandando as forças sob as suas ordens, tendo tentado algumas incursões no território Espanhol.
Quis surpreender a praça de Monterey colocando-se, para o efeito, em marcha com mil setecentos e oitenta e sete homens e duas peças de artilharia, força que ia dividida em dois corpos a saber: um comandado pelo próprio Gomes Freire, que seguiu a margem direita do Tâmega, e a outro comandado pelo Tenente-coronel Pamplona, que seguiu a esquerda. A coluna do primeiro chegou ao seu destino, repelindo os postos avançados do inimigo, mas estes rapidamente se refizeram, formando um corpo de quatro mil homens. Estava, por isso, malograda a empresa dos portugueses, bem contra vontade de Freire de Andrade, viram-se os nossos forçados a retirar para Vilarelho, povoação portuguesa na fronteira. Ali conseguiu repelir os ataques do inimigo e depois, invadindo no dia 4 de Junho a Espanha, tomou a aldeia de Bosaens, a que lançou tributo; no dia 18 conquistou a povoação de Fizera, cujos habitantes se declararam súbditos do Rei de Portugal.
Assim foi ocupado uma parte do territórios espanhóis que tornava mais vantajosa a nossa posição defensiva, apesar das forças superiores do inimigo. O General Gomes Freire recebeu nesse mesmo dia, 18 de Junho, nas terras de Espanha conquistadas pelas suas tropas, a notícia dos desastres do Alentejo e do Armistício que se lhes seguiu.
ALGUNS ACONTECIMENTOS
Embarque das Divisões Auxiliares Portuguesas a Espanha para a Campanha do Rossilhão, a Cavalaria não fez parte dessa expedição (1793 a 1795); "Guerra das Laranjas" contra a Espanha, desta ofensiva castelhana resultou a perda de Olivença (1801).
Coordenação do texto e ilustrações: marr
No início do ano de 1801, Napoleão Bonaparte e Carlos IV de Espanha estabeleceram um acordo onde já se previa a partilha de Portugal, que mais tarde voltará a ser tentada aquando da Invasão Franco-Espanhola de 1807.
Primeiro Regimento de Infantaria do Porto 1791 Coronel Comandante - Serviço montado (Colecção particular) |
A Espanha declara-nos guerra em Fevereiro. O nosso exército encontrava-se totalmente desorganizado e muito mal preparado, de tal modo, que não podia permitir-se a tal situação que efectivamente teve que enfrentar. O exército espanhol foi reforçado com contingentes franceses e invadiu Portugal onde em parte nenhuma encontrou resistência séria; na Província do Alentejo a campanha foi desastrosa caindo na posse do inimigo várias praças fortes como Juromenha, Olivença, Campo Maior, destacando-se a resistência bem sucedida de Elvas, que não capitulou.
General Gomes Freire de Andrade (Colecção particular) |
Quis surpreender a praça de Monterey colocando-se, para o efeito, em marcha com mil setecentos e oitenta e sete homens e duas peças de artilharia, força que ia dividida em dois corpos a saber: um comandado pelo próprio Gomes Freire, que seguiu a margem direita do Tâmega, e a outro comandado pelo Tenente-coronel Pamplona, que seguiu a esquerda. A coluna do primeiro chegou ao seu destino, repelindo os postos avançados do inimigo, mas estes rapidamente se refizeram, formando um corpo de quatro mil homens. Estava, por isso, malograda a empresa dos portugueses, bem contra vontade de Freire de Andrade, viram-se os nossos forçados a retirar para Vilarelho, povoação portuguesa na fronteira. Ali conseguiu repelir os ataques do inimigo e depois, invadindo no dia 4 de Junho a Espanha, tomou a aldeia de Bosaens, a que lançou tributo; no dia 18 conquistou a povoação de Fizera, cujos habitantes se declararam súbditos do Rei de Portugal.
Assim foi ocupado uma parte do territórios espanhóis que tornava mais vantajosa a nossa posição defensiva, apesar das forças superiores do inimigo. O General Gomes Freire recebeu nesse mesmo dia, 18 de Junho, nas terras de Espanha conquistadas pelas suas tropas, a notícia dos desastres do Alentejo e do Armistício que se lhes seguiu.
Carta de 2 de Janeiro de 1790 em que estabelece na Sua Corte e Cidade de Lisboa, uma Academia Real da Fortificação e desenho, dando-lhe os respectivos estatutos. (Colecção particular) |
Oficial Engenheiro - 1788 (Colecção particular) |
ALGUNS ACONTECIMENTOS
IMPORTANTES DESTE PERÍODO
Embarque das Divisões Auxiliares Portuguesas a Espanha para a Campanha do Rossilhão, a Cavalaria não fez parte dessa expedição (1793 a 1795); "Guerra das Laranjas" contra a Espanha, desta ofensiva castelhana resultou a perda de Olivença (1801).
Coordenação do texto e ilustrações: marr
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