BANDEIRA DE D. SANCHO I
Colecção particular |
A investigação histórica mostra, que nos sinais rodados do pai de D. Sancho I, se encontram os escudetes em número variável, dispostos em cruz, com cinco besantes de prata em cada escudete; já nos selos autenticando cartas de confirmação passadas pelos nossos primeiros Reis, aparecem igualmente os cinco escudetes dispostos em cruz, umas vezes sem indicação de besantes e outras com um número exagerado deles.
Colecção particular |
Colecção particular |
Também os escudetes de azul as apresentam carregados com um número variável de besantes, uma vezes 10, outras 11 e outras ainda 15 na configuração do escudo real, formato que se mantém no reinado de D. Sancho II.
Cruzado e Templário Ilustração do mestre Roque Gameiro |
Segundo outras versões, os cinco escudetes representariam não os cinco reis mouros, mas as cinco chagas de Cristo e, segundo ainda outros os cinco ferimentos que o rei D. Afonso Henriques recebeu na Batalha de Ourique; pelo que respeita aos besantes de prata, há quem queira ver na sua representação, no escudo, a afirmação do direito de cunhar moeda, que D. Afonso Henriques considerou como pertencendo-lhe a partir do momento em que passou a intitular-se Rei.
Gravura e texto do séc.XVII Colecção particular |
PEQUENO APONTAMENTO HISTÓRICO:
D. SANCHO I
1185 - 1211
85
Sancho, forte mancebo, que ficara
Imitando seu pai na valentia,
E que em sua vida já se exprimentara,
Quando o Bétis de sangue se tingia,
E o bárbaro poder desbaratara
Do ismaelita rei de Adaluzia,
E mais quando os que Beja em vão cercaram
Os golpes de seu braço em si provaram.
88
Mas a fermosa armada, que viera
Por contraste de vento àquela parte,
Sancho quis ajudar na guerra fera,
Já que em serviço vai do santo Marte.
Assim como a seu pai acontecera
Quando tomou Lisboa, da mesma arte
Do Germano ajudado, Silves toma
E o bravo morador destrui e doma.
E se tantos troféus do Mahometa
Alevantando vai, também do forte
Leonês não consente estar quieta
A terra, usada aos casos de Mavorte,
Até que na cerviz seu jugo meta
Da soberba Tui, que a mesma sorte
Viu ter a muitas vilas suas vizinhas,
Que por armas, tu, Sancho humildes tinhas.
(Lusíadas, Canto III, Est. 85, 88 e 89)
(Lusíadas, Canto III, Est. 85, 88 e 89)
ALGUNS ACONTECIMENTOS
IMPORTANTES DESTE PERÍODO
Além do avultado papel de pacificação, povoamento e reforço da defesa das fronteiras, destaca-se:
Conquista dos Castelos de Alvor, Silves e Albufeira (1189)
Conquista de Silves Ilustração de Augusto Trigo Colecção particular* |
* Autorizada a publicação para este blog pelo autor dos quadros e pelo respectivo proprietário.
Texto e restantes ilustrações: marr
Sem comentários:
Enviar um comentário