EMBARCAÇÕES
(...) cum XXXVI navibus magnis, et uma galea de Rue (...) et pluribus navibus de Ulixibonna (...) (com 36 náos grandes, e huma galé de Ruas ...e muitas náos de Lisboa)
Alguns navios tinham a coberta alta, e levavam emblemas ou distintivos. As proas eram adornadas com figuras de animais fantásticos ou providas de espigões. Uns tinham duas ordens de remos, uma abaixo da outra, outros tinham uma só. Havia-os de um e dois mastros, além de outro tipo de embarcações de maior e menor porte.
Colecção particular |
"cada navio tinha uma cobertura alta, e levava um emblema ou distintivo indicando o seu comandante, emblema que é de presumir fosse análogo às bandeiras que esses chefes usavam em épocas posteriores; as proas eram adornadas com figuras de leões, touros, golfinhos ou homens, feitas de bronze dourado, e alguns mastros levavam remates em forma de pássaros com asas abertas, cujo fim era indicar o ponto onde o vento soprava; os costados eram pintados de várias cores, e os escudos dos soldados de ferro polido (...), (...) assim deviam ser os navios (...) que se empregaram na conquista de Silves, com as cores variadas dos seus costados as cintilações dos escudos colocados em guisa de enfeites, as carrancas sinistras das suas proas, o adejar dos avejões no topo dos mastros! Era o aparato medonho da guerra com os seus dragões, serpentes, touros, leões, águias e milhafres, servidos por um enxame de homens do mar, muitos dos quais não teriam carrancas menos sinistras que as que enfeitavam as proas dos seus barcos."(...)
Colecção particular |
Assim deveriam ser, pouco mais ou menos, os navios que se empregaram na tomada de Silves, utilização que só foi possível pela grande navegabilidade do rio Arade naquela época.
Texto e ilustrações:marr
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