ORDENS RELIGIOSAS
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| Colecção particular |
As ordens religiosas, cujo objectivo era a recusa de tudo o que era material a favor do espiritual, levaram à criação de agrupamentos de pessoas muito religiosas, que viviam em comunidades sob votos de pobreza, castidade e obediência. Foi com este pensamento filosófico, de estar na vida, que surgiram as primeiras ordens religiosas. A par da hierarquia da Igreja havia uma grande diversidade de "ordens" que seguiam diversas leis de carácter social e religiosos. Estes frades geralmente acompanhavam os exércitos com o intuito de lhes dar a devida assistência religiosa e tinham como objectivo principal a conversão dos muçulmanos das cidades conquistadas, assim como fundar conventos das suas ordens nessas terras.
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| Colecção particular |
A variedade dos hábitos era grande, embora por vezes muito idênticos. A base era: túnica, escapulário ou roqueta, capuz, capa, etc. Calçavam sandálias ou andavam descalços.
ORDENS MONÁSTICO-MILITARES
Na conquista de Silves, tomaram parte diversas ordens monástico-militares, principalmente as que vinham de passagem, integradas nas Cruzadas que escalavam a nossa costa. Pode destacar-se, entre outras: Teutónicos, Calatrava, Cister, etc., bem assim como as que tinham sido introduzidas em Portugal, que eram as seguintes:
ORDEM DO TEMPLO
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| Colecção particular |
(Templários)
Foi esta Ordem introduzida no nosso País por D. Teresa que doou em 1128 o castelo e a terra de Soure, mais tarde foram acrescentando outras terras que lhes foram sendo doadas, tais como Pombal, Tomar, etc.
Trajavam de branco com uma cruz vermelha sob o lado esquerdo; geralmente na loriga, a meio do peito, ostentavam a mesma cruz ocular, isto é, com as extremidades arredondadas.
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| Templários junto ao castelo de Tomar Gravura do século XIX Colecção particular |
ORDEM DO HOSPITAL
(Hospitalários)
Primeiramente foi instituída em Jerusalém no século XI com o intuito de proteger e tratar os peregrinos das suas doenças, prestaram grandes serviços na defesa da Terra Santa.
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| Colecção particular |
Esta Ordem foi introduzida em Portugal sensivelmente ao mesmo tempo que a anterior, tendo adquirido vastos domínios principalmente no Douro e Minho. A sua primeira casa capitular situou-se em Leça do Bailio
As suas veste eram a túnica e a capa preta com uma cruz branca, embora segundo Ferreira Martins (...) na guerra ostentavam sobrevestes vermelhas do feitio de cotas, com a cruz branca sem pontas (...)
ORDEM DE SANTIAGO DA ESPADA
(Espatários)
Composta por frades da Ordem castelhana de Santiago da Espada, a quem D. Afonso Henriques, no ano de 1172, doou o castelo de Arruda, além do convento de Santos-o-Velho em Lisboa e, segundo Joel Serrão, no seu Dicionário da História de Portugal, tomo V (...)
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| Colecção particular |
talvez pela mesma data (1172), Alcácer, Almada e Palmela, se a doação de D. Sancho I é simples confirmação(...). Estas ofertas foram uma recompensa pelo socorro prestado quando Santarém se encontrou cercada pelo muçulmanos.
Envergavam hábito branco tendo na frente uma cruz vermelha, ostentando igualmente uma capa da mesma cor com uma cruz do lado esquerdo, ambas floretadas. Esta cruz por vezes aparecia, de início, toda florenciada e depois passou a terminar o pé em ponta como uma espada.
ORDEM DE ÉVORA
(Avis)
Organizada em 1162 pelo rei D. Afonso Henriques, a Ordem teve a sua primeira sede na cidade de Évora. Foi depois da conquista de Lisboa que o soberano instituiu esta Ordem com o intuito de premiar os cavaleiros portugueses que participaram nessa conquista, assim como para recompensar outros feitos contra os muçulmanos.
Esta Ordem estava sujeita à regra de São Bento e subordinada à Ordem castelhana de Calatrava, embora com autonomia para nomear o Mestre Provincial. Os seus componentes envergavam, como hábito, um escapulário curto com capelo preto.
Esta Ordem só passou a denominar-se de Avis em 1211, no reinado de D. Afonso II.
Texto e ilustrações:marr
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