quarta-feira, 25 de maio de 2011

A CONQUISTA DE SILVES POR D, SANCHO I EM 1189

ARMAS OFENSIVAS


Colecção particular

Este género de armas, assim com as defensivas, foram sofrendo algumas alterações com o passar do tempo. O armamento de qualidade era de uso exclusivo dos nobres e dos cavaleiros ricos, sendo a sua principal arma a espada.


A peonagem lutava praticamente com tudo que lhe vinha à mão. Se observarmos atentamente a maioria combatia com armas de haste, que mais não eram que utensílios de trabalho na lavoura, desde a foice ao podão, passando pelo malho, etc., contudo, este tipo de armas foi-se aperfeiçoando para a guerra e não para os trabalhos no campo. Embora fossem de aspecto idêntico, regra geral, eram maiores e mais resistentes.

A arma que os besteiros utilizavam era considerada, desde o seu aparecimento, arma de caça e não podia ou deveria ser utilizada na guerra entre cristãos, por ser vil e traiçoeira (Concílio de Latrão 1179). Seja como for esta arma já estava tão generalizada que se foi aperfeiçoando e tornando-se cada vez mais potente. O virotão quando lançado por esta potente máquina atravessava a cota de malha e feria o cavaleiro; faz-se referência que um desses virotões arremessado por uma besta pé-de-cabra atravessou a cota de malha, a coxa, as calças, a outra cota de malha do outro lado da perna e a madeira do arção, ficando profundamente cravada no flanco do cavalo. Tal era a potência que esta temível arma tinha.

Os besteiros tiveram sempre no nossos País um papel importantíssimo na hoste e nas batalhas da Primeira Dinastia. A grande maioria destes homens, assim armados, acompanhavam o exército nas suas caminhadas a cavalo, embora a grande maioria combatesse a pé.


Colecção particular

Os muçulmanos, por sua vez, foram escolher as caracteristicas particulares de cada civilização que conheceram e das regiões por onde passaram ou se fixaram. A forma da sua civilização alimentou e cultivou o espírito e a maneira de ser de muitos povos, sendo ainda hoje uma herança que não podemos desprezar.


As principais armas ofensivas que utilizavam eram a espada, o sabre, a cimitarra, etc., estas armas, geralmente mais sofisticadas que a dos seus contrários, eram autenticas obras de arte, quer pela sua beleza, quer pela riqueza que ostentavam (pedras preciosas incrustadas, ouro lavrado, etc.); o aço das lâminas, assim como a sua confecção, eram de uma qualidade excepcional que em se atirando um lenço de seda ao ar, a lâmina da arma dividiam-no em dois. Embora extremamente leves, manejáveis e afiadas, tornavam-se frágeis em comparação com as espadas dos cristãos que eram pesadas e fortes embora de pior corte.

Tinham diversas máquinas de guerra assim como uma grande diversidade de objectos incendiários, feitos das mais diversas substâncias e assim aconteceu durante o cerco de Silves, que foram empregues em grande quantidade.

Texto e ilustrações: marr

DIVULGAÇÃO:
Aproveito para comunicar aos meus leitores que o signatário tem mais dois blogs dedicados à História Militar de Portugal, mas são temáticos, um dedica-se em exclusividade ao período da Guerra Peninsular, sensivelmente entre 1806 e 1815 e pode ser visto em:

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Obrigado
    marr

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