segunda-feira, 9 de maio de 2011

A CONQUISTA DE SILVES POR D. SANCHO I EM 1189



ARMAS DEFENSIVAS
 DOS
 CRISTÃOS

Este género de armas ia desde a cota de malha ao escudo, passando pelo elmo; neste sentido, poderemos afirmar que se trata de um "traje defensivo".
Colecção particular

Durante a época em apreciação, fins do século XII, ainda havia uma grande diversidade de protecções para o corpo. Podia-se ver, embora raramente, o vestuário de pele ou de tecidos impregnados em vinagre e sal, dobrados diversas vezes, afim de o tornar mais grosso; era uma espécie de camisa comprida que se chamava loriga e sobre a qual se cravavam ou cosiam, pequenas placas de metal e que tinham diversos nomes.

Havia as cotas escamadas e as engradadas que consistia em faixas que se entrecruzavam, tendo ao centro taxas de cabeça grande. Estes dois modelos tinham o grande inconveniente de serem extremamente rígidos, travando ao cavaleiro os movimentos, a agilidade e a leveza que tão necessários eram para o combate.


Cota escamada
Colecção particular

Cota engradada
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Aos poucos, este traje, foi sendo substituído pela cota de malha, tendo-se seguido o exemplo dos muçulmanos. A cota  de malha consistia num tecido de ferro, à base de anéis metálicos, que protegiam todo o corpo excepto a face. A cota de malha passou a fazer parte da indumentaria do cavaleiro por ser mais resistente e leve. Esta foi praticamente utilizada desde o século XII até ao XIV, embora com algumas adições de placas de metal e outras.



ARMAS DEFENSIVAS
DA
CABEÇA E DO PESCOÇO

CAMAL
Espécie de capuz, independente da cota de malha, encadeado de malha de ferro que servia para proteger a cabeça, o pescoço e por vezes os ombros; havia-os de diversos modelos, sendo este o mais utilizado:
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Outros tinham uma protecção para o queixo e boca; seria uma espécie de barbote em cota de malha, que poderia ser amovível ou fixo
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Colecção particular
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COIFA
Era uma espécie de rodela almofadada, de couro, colocada debaixo do camal e que servia para proteger a cabeça da fricção da malha de ferro e para amortecer as pancadas que as protecções de cabeça sofriam. Muitas das vezes, essa protecção almofadada era também colocada à volta de toda a cabeça.

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PROTECÇÕES DE CABEÇA
A mais utilizada em Portugal, foi a que poderemos chamar "modelo normando", tendo sido adoptado desde o fim do século X até sensivelmente aos finais do XII.

Estes cascos ou bacinetes, primitivamente eram hemisféricos, evoluindo mais tarde para pontiagudos, com ou sem viseira fixa, nasal, cobre nuca, protecções laterais, etc.

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Reconstituição
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Provavelmente os compostos eram confeccionados em ferro, pregueados a cobre quando eram constituídos por diversas peças ou inteiros, quando eram de uma só peça de cobre ou ferro. Entre a grande variedade de modelos podiam-se destacar :

CÓNICO COM NASAL
Este modelo, normando, foi provavelmente o mais utilizado pelos portugueses.

Colecção particular

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COM DISPOSITIVO PARA FIXAR O CAMAL
Tinham uns série de pregos com cabeça larga onde se prendia o camal. Observe-se o curiosos nasal amovivel que se encontra preso ao camal e se fixa no bacinete.

Colecção particular

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CÓNICO COM PLACAS DE PROTECÇÃO LATERAL

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CILÍNDRICO COM VISEIRA FIXA


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FORMATO FRÍGIO


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ELMO
O termo "elmo" por vezes cria certas confusões, na medida em que é utilizado genericamente para

 identificar qualquer tipo de cobertura de cabeça da idade média, o que não é muito correcto.

O elmo é uma protecção de cabeça que começou a ser utilizado sensivelmente a partir do fim do século XII sendo o seu objectivo principal defender a cabeça do seu possuidor dos golpes de espada e das maças de armas. Este colocava-se, geralmente, por cima do bacinete e apoiava nos ombros. A maioria dos elmos eram de grande dimensão e peso. O cavaleiro só o utilizava em caso de extrema necessidade, por isso geralmente ia pendurado no arção da sela.

A forma desta grande cobertura de cabeça foi-se alterando com o passar dos tempos. Primeiramente a parte superior era plana, assim como todo o elmo, o que levantava grandes problemas ao seu utilizador, na medida em que o nariz não estava defendido e com uma pancada mais forte estava sujeito a partir.


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Para colmatar tal inconveniente os elmos passaram a ser na parte da frente abaulados ou em bico; assim o nariz estava protegido. Na imagem abaixo vê-se um elmo composto de três peças rebitadas, já com a forma abaulada na frente, com reforços em cruz.

Colecção particular

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Um pouco mais tarde, o tampo passou a ser abaulado, devido a oferecer menor resistência aos golpes sofridos. Observa-se, neste modelo, onde o tampo, por ser abaulado, já não necessita de reforço com o anterior; contudo, na parte de frente leva um reforço cruciforme que tinha como principal objectivo a defesa do nariz.

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A figura seguinte mostra-nos como a cabeça e o nariz ficam devidamente protegidos das pancadas que possam sofrer.

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Pensa-se que em Portugal terão sido pouco utilizados, por serem muito pesados e incomodativos, principalmente devido ao calor.



CERVILHEIRA
Defesa da cabeça em malha de ferro, que era colocada sobre a coifa.

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Texto e ilustrações: marr

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