PREÂMBULO
"os patíbulos que se íam erguendo..." |
A revolução francesa entrara no seu período mais sanguinário, todas as crueldades e excessos se praticavam em nome da nova república onde a guilhotina não parava de laborar em todos os patíbulos que se iam erguendo ao longo da França com maior
incidência na capital. Todo este excesso era devido a uma reacção em cadeia e violentíssima que acabava por sintetizar, em quatro anos, a repressão e os abusos exercidos durante séculos sobre a população.
Foi com a precipitação destes acontecimentos que todas as monarquias europeias estremeceram do seu estado letárgico e num brado geral reprovaram as medidas tomadas pelos revolucionários.
A tomada da Bastilha |
Execução de Marie Antoinette |
A Europa enganou-se quando timidamente acolheu com entusiasmo moderado os primeiros sinais de transformação política, tendo aplaudido o heroísmo dos parisienses na tomada da bastilha... cedo se começou a verificar a realidade, quando na noite de 6 de Outubro uma chusma selvagem e sanguinária aprisionou a sua rainha, Maria Antonieta, perante os maiores vexames, tendo subido ao cadafalso em 1793 e nesse mesmo ano o seu marido, Luís XVI, foi guilhotinado, decretando-se a abolição da realeza em França.
Execução de Louis XVI |
General Joseph Servan |
Finda a campanha de 1792 as tropas republicanas francesas posicionaram-se na fronteira da Holanda, na margem direita do Reno, nos cumes dos Alpes e na margem esquerda do Vare. Entretanto o exército comandado pelo General Servan vigiava, nos Pirenéus, as movimentações das tropas espanholas, que seriam tudo menos amistosas...
A Espanha, como era de prever, declarou guerra à República Francesa e pouco depois Portugal aliava-se com o reino vizinho, todos estes factos se deveram à invocação, pelos espanhóis, do perigo que os tronos ibéricos corriam e às alianças existentes entre os dois reinos, conseguindo assim lançar uma nova potência contra a nova república.
Príncipe Regente D. João (Futuro Rei D. João VI) |
D. Maria I |
A 15 de Junho de 1793, foi assinado um tratado em Madrid por D. Manuel Godoy, Duque de Alcudia e futuro Princípe da Paz e por D. Diogo de Noronha, nosso embaixador junto da corte de Madrid, que obrigava Portugal a enviar para os Pirenéus uma Divisão Auxiliar.
D. Manuel Godoy |
No dia 20 de Setembro desse mesmo ano zarpou do Tejo, escoltado por catorze navios de transporte, uma esquadrilha composta pelas naus "Medusa", "Bom Sucesso" e "São Sebastião", e pela fragata "Vénus"; todos estes navios era superiormente comandados pelo Chefe-de-Divisão Pedro Mariz de Sousa Sarmento, nela embarcou a Divisão Expedicionária sob o comando do Tenente-General João Forbes Skellater que era composta por cerca de cinco mil e quatrocentos militares, que compunham seis regimentos de infantaria e quatro companhias de artilharia.
Tenente-General João Forbes Skellater Colecção particular |
A juntar-se a estes militares ia um número apreciável de voluntários nobres, estrangeiros, principalmente franceses emigrados e portugueses, nestes inlcuiam-se: o 2.º Duque de Northumberland, o Príncipe de Montmorency e o Marquês de Nisa.
Marquês de Nisa Colecção particular |
2.º Duque de Northumberland |
Coorden. do texto: marr
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