quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DIVISÃO AUXILIAR A ESPANHA 1793 A 1795 (Rossilhão e Catalunha)

PREÂMBULO



"os patíbulos que se íam erguendo..."

A revolução francesa entrara no seu período mais sanguinário, todas as crueldades e excessos se praticavam em nome da nova república onde a guilhotina não parava de laborar em todos os patíbulos que se iam erguendo ao longo da França com maior
incidência na capital. Todo este excesso era devido a uma reacção em cadeia e violentíssima que acabava por sintetizar, em quatro anos, a repressão e os abusos exercidos durante séculos sobre a população.


A tomada da Bastilha




Execução de Marie Antoinette

A Europa enganou-se quando timidamente acolheu com entusiasmo moderado os primeiros sinais de transformação política, tendo aplaudido o heroísmo dos parisienses na tomada da bastilha... cedo se começou a verificar a realidade, quando na noite de 6 de Outubro uma chusma selvagem e sanguinária aprisionou a sua rainha, Maria Antonieta, perante os maiores vexames, tendo subido ao cadafalso em 1793 e nesse mesmo ano o seu marido, Luís XVI, foi guilhotinado, decretando-se a abolição da realeza em França.


Execução de Louis XVI
  Foi com a precipitação destes acontecimentos que todas as monarquias europeias estremeceram do seu estado letárgico e num brado geral reprovaram as medidas tomadas pelos revolucionários.






General Joseph Servan

Finda a campanha de 1792 as tropas republicanas francesas posicionaram-se na fronteira da Holanda, na margem direita do Reno, nos cumes dos Alpes e na margem esquerda do Vare. Entretanto o exército comandado pelo General Servan vigiava, nos Pirenéus, as movimentações das tropas espanholas, que seriam tudo menos amistosas...


A Espanha, como era de prever, declarou guerra à República Francesa e pouco depois Portugal aliava-se com o reino vizinho, todos estes factos se deveram à invocação, pelos espanhóis, do perigo que os tronos ibéricos corriam e às alianças existentes entre os dois reinos, conseguindo assim lançar uma nova potência contra a nova república.


Príncipe Regente D. João
(Futuro Rei D. João VI)

D. Maria I







A 15 de Junho de 1793, foi assinado um tratado em Madrid por D. Manuel Godoy, Duque de Alcudia e futuro Princípe da Paz e por D. Diogo de Noronha, nosso embaixador junto da corte de Madrid, que obrigava Portugal a enviar para os Pirenéus uma Divisão Auxiliar.


D. Manuel Godoy
No dia 20 de Setembro desse mesmo ano zarpou do Tejo, escoltado por catorze navios de transporte, uma esquadrilha composta pelas naus "Medusa", "Bom Sucesso" e "São Sebastião", e pela fragata "Vénus"; todos estes navios era superiormente comandados pelo Chefe-de-Divisão Pedro Mariz de Sousa Sarmento, nela embarcou a Divisão Expedicionária sob o comando do Tenente-General João Forbes Skellater que era composta por cerca de cinco mil e quatrocentos militares, que compunham seis regimentos de infantaria e quatro companhias de artilharia.

Tenente-General
João Forbes Skellater
Colecção particular

A juntar-se a estes militares ia um número apreciável de voluntários nobres, estrangeiros, principalmente franceses emigrados e portugueses, nestes inlcuiam-se: o 2.º Duque de Northumberland, o Príncipe de Montmorency e o Marquês de Nisa.


Marquês de Nisa
Colecção particular


2.º Duque de Northumberland


Coorden. do texto: marr

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