domingo, 13 de fevereiro de 2011

LUSITANOS - SERTÓRIO

General romano que nasceu em Núrsi, na Sabina, por volta do ano de 122 A.C. e morreu assassinado no ano de 72 A.C., - segundo Pinheiro Chagas - Sertório seguiu primeiro a carreira do Foro em que se distingui muito, tendo depois servido na guerra contra os Cimbros às ordens de Cipião e em seguida sob o comando de Mário, foi enviado, já como Tribuno Militar para a Península Ibérica. Nomeado Questor, depois de ter regressado a Roma, foi enviado para a Gália, onde combateu e venceu os inimigos de Roma, tendo ai recebido muitos ferimentos e perdido um dos olhos.

Durante a guerra social, ao impedir a rebelião da Cisalpina, chamou sobre si os ódios de Sila, pela sua dedicação ao partido de Mário, regressando a Roma com ele.

Quando Sila recuperou o poder, despachou de imediato Sertório para a Península Ibérica, tendo ele aqui continuado a luta contra a aristocracia onde arranjou muitos inimigos, principalmente Aunio, lugar-tenente de Sila.


Morte de Sertório
Gravura do século XIX Colecção particular

Quando os Lusitanos de novo se sublevaram, após o assassinato de Viriato, Sertório foi convidado para comandar a insurreição o que aceitou,  pois viu aí um meio para combater a aristocracia romana. Assim, sob o comando de Sertório os Lusitanos obtiveram imensas vitórias, sobre os generais romanos, não tardando a dominar não só a Lusitânia como a Bética.

A sua fama atraiu muitos dos seus compatriotas que se tinham revoltado contra o poder de Roma. O primeiro general que ele venceu foi Metelo que ao tentar tomar Lacobriga foi completamente derrotado por Sertório, que acudiu em socorro da praça. Seguiram-se muitas vitórias e algumas derrotas, que curiosamente tinham efeito contrário em Sertório, uma vez que não se deixava abater por elas, dando a entender que na desgraça ia buscar novas forças para o combate. Tal era a fibra deste grande chefe dos Lusitanos.

Curiosamente, Sertório acabou por prestar um grande serviço a Roma, introduzindo a civilização, as artes, a política e os costumes destes, tendo acabado por romanizar quase toda a Ibéria, dividiu os seus domínios em duas províncias: a Bética que tinha por capital Osca e a Lusitânia, cuja capital era Évora, residência favorita do chefe Lusitano.
A Sertório se deve o ter tirado - segundo Pinheiro Chagas -  (...) o modo selvagem e brutal que os Lusitanos usavam no combate, fazendo-lhes adoptar as armas, a formatura e a disciplina romana; transformado uma verdadeira multidão de salteadores num verdadeiro exército. Além disso distribuía com mãos largas a prata e ouro para ornar os capacetes ou embelezar os escudos, e incitava os seus subordinados a usarem túnicas e mantos bordados (...).
Morte de Sertório
Ilustração do mestre Carlos Alberto Santos
Por especial autorização para este blogue
Colecção particular
Por ironia do destino morreu este general romano e grande chefe dos Lusitanos, de um modo idêntico ao do seu antecessor. Depois de uma prolongada guerra com Metelo e Pompeu, que tinham sido enviados pelo Senado no ano de 76 A.C., acabou por ser assassinado no ano de 72 A.C., num banquete em sua honra, por um dos seus homens de confiança, Perpena, que contra ele urdira uma conspiração.
Coorden. do texto: marr


Algumas efeméride dos Lusitanos
Época de Viriato

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